Biografia de Lygia Stávale
21/09/1936 - 06/01/1996

A presente propositura visa homenagear a ilustre figura da Agente Vistora Lygia Stávale que, por meio de seu trabalho e de sua luta, proporcionou investimento econômico e preservação ecológica no Município de Natividade da Serra.

Lygia então foi homenageada pela Câmara Municipal de Natividade da Serra que apresentou o Projeto de Lei 396, de 03/10/2008, outorgando o seu nome em uma rua do bairro Pouso Frio, que foi aprovado e, logo em seguida, sancionado pelo Prefeito João Carvalho.

Lygia Stávale, nascida em 21 de setembro de 1936, faleceu, vítima de câncer no cérebro, em 06 de janeiro de 1996.

Filha de Hermínio Cattozzo e Philomena Ammassari é neta de imigrantes italianos da cidade de Rovigo, por parte de pai e da cidade de Lecce, por parte de mãe, nasceu no bairro da Moóca - cidade de São Paulo e foi lá que conheceu e casou com o contador Hélio Stávale em 07/02/1957, também neto de imigrantes italianos, tornando-se Lygia Stávale.

Quando solteira, Lygia morava na casa de seus pais na Rua Itajaí, 95, Mooca. E Helio morava bem próximo, na Rua Javari, 293, Mooca.

Quando casados sempre moraram na Mooca, mas a última moradia foi a mais marcante, em uma casa grande e luxuosa, a maior e mais bonita casa da rua. Depois que Helio e Lygia morreram, os filhos, infelizmente, venderam a casa, quem comprou a demoliu e, no lugar, construiu uma empresa que negocia metais, é a Dom Bosco Metais. Lygia e Helio moraram nessa casa até o dia de suas mortes.

Helio também teve sua vida abreviada, aos 46 anos, mas, diferente de Lygia, ele próprio a causou, porem teve um “empurrãozinho” do patrão José, o “Zé”, dono do Escritório de Contabilidade Universo, na Rua Visconde de Laguna – Mooca.

Helio passou a sua infância e juventude lendo, estudando, falava inglês fluentemente, tocava violino, enfim, tinha uma vida exemplar até conhecer o Zé, aí começou a sua derrocada. Lygia tinha tanta raiva do Zé, por ele ter sido o estopim da mudança repentina de comportamento do seu Helinho, que ela jurava que o Zé iria morrer vomitando o próprio fígado. Uma semana após a morte de Lygia, o Zé morreu vomitando o próprio fígado.

Lygia começou a trabalhar cedo, aos 15 anos, nas seguintes empresas:
1951 – Lojas Americanas S/A, como Auxiliar de Bazar.
1952 – Lanifício Ítalo Adamis, como Auxiliar de Escritório.
1952 – Distilaria E. Manograsso S/A “Bellard”, como Auxiliar de Escritório.
1954 – Industria Raphael Musetti S/A, como Auxiliar de Escritório.
1955 – Companhia de Calçados Clark, como Encarregada de Estatística.
1955 – Irmãos Daud & Cia LTDA, como Auxiliar de Escritório.
1962 – Transportes Rápido Rodoviário Ruas S/A, como Auxiliar de Escritório.

E antes de tonar-se funcionária pública, trabalhou na Alpargatas S/A. Empresa que fabricava lonas, chinelos e caçados, foi fundada em 1908 no bairro Mooca e desativada em 1995, mudando suas instalações para o bairro Vila Olímpia. Atualmente o prédio da antiga fabrica da Alpargatas abriga a Universidade Anhembi Morumbi. Em 1965 Lygia prestou concurso público, teve êxito e passou a ser funcionária pública municipal com o cargo de Escriturária.

Em 1970 novamente prestou concurso público, teve êxito e passou a ser Bibliotecária na Biblioteca da Moóca “Affonso Taunay”.

Após alguns anos, Lygia é aprovada no concurso para Fiscal de Obras, hoje se denomina Agente Vistor e passou a trabalhar na Administração Regional da Moóca, hoje se denomina Sub Prefeitura da Moóca, durante muitos anos até se aposentar. Teve apenas um intervalo de tempo na Sub Prefeitura da Mooca quando foi transferida para prestar serviços na Sub Prefeitura da Sé, cuja administração estava a cargo do vereador Hanna Gharib, o prefeito era Paulo Maluf e o secretário das finanças era Celso Pitta (1993 -1996). Esse intervalo de tempo, que foi conturbado, pode ter contribuído na morte prematura de Lygia. Naquele tempo Hanna foi denunciado por estar envolvido em esquema de corrupção, fato que provocou uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo que resultou na cassação de Hanna Gharib, quando já era Deputado Estadual, em 1999.

Hélio e Lygia tiveram 3 filhos: Reinaldo (que nasceu em 07/02/1958 exatamente 1 ano após o casamento de Helio e Lygia em 07/02/1957), Maurício (que nasceu em 12/09/1959) e Ricardo (que nasceu em 14/04/1972). Mesmo com sua morte precoce, Lygia proporcionou ao seu filho mais velho, Reinaldo, que investisse economicamente no Município de Natividade da Serra e preservasse ecologicamente uma parte da área do seu sítio, a nascente do Rio Pararaca.